quinta-feira, 27 de maio de 2010

Tudo que começa, termina...

E ai começa de novo!

Ha muito tempo eu não apareço por aqui, e estou aparecendo neste momento para anunciar que este blog será desativado. Mas não, não desaparecerei no universo dos blogs.
Na verdade, eu criei um novo. O Nínive Leikis, o que faz muito sentido (pelo menos eu acho.)
Lá eu coloquei um post inicial, explicando o motivo da mudança, e espero que aqueles que me acompanhavam aqui, passem a me acompanhar lá também.

Obrigada pelo apoio, e eu agradeceria se continuassem fazendo-o.

Meu nome não é Níh; é Nínive Leikis.

terça-feira, 4 de maio de 2010

O Baronato de Shoah



Orelha do livro (frente)
O romance de estréia de José Roberto Vieira é uma fantástica aventura em um mundo sombrio que remete ao Steampunk, videogames, animações e RPG, onde passado, presente e futuro se encontram numa fórmula emocionante.
Considerado o primeiro romance Steampunk nacional, o livro está em suas últimas revisões e pronto para sair da fornalha! Ou das prensas, como preferir…

Verso do livro (onde nós costumamos ir procurar do que se trata)
Sehn Hadjakkis é um Mashiyrra, um Escolhido. Desde seu nascimento ele foi eleito para ser um soldado da Kabalah, a elite do exército e liderar as forças do Quinto Império contra seus inimigos, os Legisladores.
Depois de quatro anos de lutas, mortes, e traições, Sehn finalmente tem a chance de voltar para casa e cumprir uma promessa feita ainda na infância: se casar com seu primeiro e verdadeiro amor, Maya Hawthorn.
Entretanto, a única coisa que o impede é outra promessa, feita no leito de morte a seus pais: vingar-se de Edgar Crow, um amigo que traiu sua família e destruiu seus sonhos, transformando a vida de Sehn num verdadeiro inferno e o mundo em que vive um pesadelo.
Quando um Golpe de Estado ameaça tudo aquilo em que Sehn acredita, ele se vê obrigado a escolher entre uma destas promessas para salvar seu mundo ou a mulher que ama.
Se fizer a escolha errada, ele pode destruir a ambos.
Ou a si mesmo.

O autor (orelha de trás, sempre trás uma foto bacanuda e um texto que se encontra logo abaixo)
José Roberto Vieira foi uma idéia que quase deu errado. Encrenqueiro quando criança, afeto a péssimas companhias, relaxado, detestava ler. Até que, por acaso, teve contato com RPG e Literatura. Isso salvou sua vida. Sério.
Tem contos publicados no Anno Domini: Manuscritos Medievais (Editora Andross, 208), e na antologia Pacto de Monstros (Editora Multifoco, 2009). Foi coordenador do blog “Nexus RPG” e criou os RPGs Éride e Taenarum, distribuídos gratuitamente pela internet.
Atualmente trabalha como revisor e ghost- writer e dá os toques finais em sua primeira obra lançada fora do mundo virtual, o Baronato de Shoah, a ser publicada pela Editora Draco.
Conheça mais a obra em http://www.baronatodeshoah.blogspot.com ou em www.editoradraco.com.br

ps.: a possível disposição dos textos no livro foram inventados por mim, não sei se vai ser assim. xD






Faz um tempo que não apareço por aqui, e quando apareço é para prestigiar a obra de um grande escritor que esta para ser publicado, e não publicar um texto meu. A justificativa é que o cursinho e a prepaação para o vestibular toma a maior parte do meu tempo, encontrei um minutinho para prestigiar o José Vieira, mas já estou de partida. Vou tentar, até o final da semana, colocar algum conto/alguma poesia/alguma crônica para vocês não se esquecerem de mim.



Meu nome não é Níh; é Nínive Leikis.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Princesas, Rainhas e Margaridas

Aquela criança era por demais diminuta para que pudesse alcançar a maçaneta trabalhada. Mesmo que grande para sua pouca idade, era necessário ficar nas pontas dos pés calçados em sapatos de verniz para que as pontas de seus dedos sem calos, bolhas ou cortes, roçassem o bronze frio. O portão da garagem se erguia, e enquanto um motor desligava, outros pneus ainda giravam sobre o piso, escondendo-se dentro da casa. Portas sendo abertas e fechadas, e risadas altas, mas falsas. Chaves tilintando na mãos de mais de uma pessoa, e trocas de responsabilidade. Os meninos gritavam alto, sem empurrando e se batendo, enquanto a única menina ainda tentava alcançar a única maneira que conhecia para abrir portas. Quando uma mão tocava o topo de sua cabeça quente, ela sabia que, finalmente, teria seu caminho desobstruído. A chave se encaixava da fechadura, e a peça metálica era girada, depois disto ela sabia o que fazer.
Empurrava com toda a sua força diminuta o enorme pedaço de madeira chamado porta, e se lançava pelo caminho de pedras róseas, ignorando seu destino, com olhos apenas para os arredores. Diferente dos adultos, ela não se importava se suas roupas eram caras ou não, ou se iria ficar suja e bagunçada. A menina de menos de um metro, vestida com o mais belo e branco traje que sua avó havia sido capaz de encontrar para criança tão jovem, jogava-se entre os arbustos de margaridas como se estivesse de maiô, diante de uma piscina. Acomodava-se na grama fofa e fazia dali seu castelo. Enquanto os garotos passavam correndo e gritando e batendo uns nos outros, ela estava segura entre as flores plantadas pelas mãos com reumatismo da mãe de seu pai.
Eram mãos pequenas na opinião de um adulto, mas gigantescas para seus colegas de idade, e, naquele momento, estavam ocupada segurando flores de maneira errada, puxando-as não pelos caules, mas pelos topos. Muitas margaridas eram assassinadas de uma maneira que provavelmente não mereciam. Mas depois de muitos sacrifícios, a criança entendia como devia prosseguir com suas intenções. Com flores inteiras e caules compridos, ela formava uma coroa desajeitada e quase demolida, mas que seria a mais bela de todas, pois seria a sua coroa em seu próprio reino. Em sua cabeça, era mais linda ainda. As pétalas brancas caiam nos fios com cachos longos, e ficava entrelaçadas ali. A franja estava amarela de pólen, assim como o vestido branco.
Se ergueu em seu reino, e correu pela grama até chegar nas pedras rosadas e ultrapassar os pássaros verdes e aprisionados, chegando até onde estava sua mãe e as demais. Sorria, orgulhosa de si mesma. Sua tia e sua avó gritaram, horrorizadas, com o estado do vestido, mas a mãe sorriu. Sorriu e riu, pegando-a nos braços e se sujando também. Quando via o sorriso da mãe, e sentia-se segura em seus braços, ignorando as expressões de censura da tia e da avó, a menina que ainda era nova demais para entender muitas coisas sabia que era um princesa, pois sua mãe era uma rainha.




Depois de muitos anos que se passaram, e a menina, que agora era mulher, viu aquele jardim novamente não havia mais pétalas, nem caminho de pedras, nem passarinhos verdes. Havia uma porta trancada e outros carros na garagem, outras chaves e outros risos falsos. Não havia criança alguma tentando passar pela porta lateral, pois esta não existia mais, e as crianças estavam contidas pelos pulsos ao lado de suas mães, pais, tias, tios, avôs e avós. Quando a mulher, que um dia fora uma menina, viu aquilo, pegou nos braços a nova menina, que um dia seria a nova mulher, e foi até um lugar onde houvessem arbustos, flores e grama para que ela estragasse o vestido caro.
Ela não se lembrava da conclusão que havia chego na cozinha há muitos e muitos anos, e tampouco sabia a sua menina. E, sabia muito menos que, quando a garotinha surgiu da natureza verde, marrom de grama e colorida de pétalas, e foi recebida por braços abertos e sorrisos e risadas ela também decidira que era uma princesa, pois sua mãe era uma rainha.





Estou preparando uma grande surpresa, uma das boas, mas, infelizmente, a burocracia afoga as idéias, ou pelo menos às atrasa. Portanto, peço (ou imploro) por paciência. Dentro em pouco poderia lhes dizer qual a novidade. Enquanto isto, ofereço-lhes pequenos contos, espero que gostem.
A opinião de vocês é sempre importante, portanto, comentem!!
Saudações





-Meu nome não é Níh;